quinta-feira, 7 de maio de 2009

Gripe nostálgica

Em tempos de quase pandemia midiática, quando até o beijo nas telenovelas foi proibido, só nos resta a lembrança dos antigos folhetins mexicanos, onde apesar dos tabus ninguém tinha medo do espirro alheio.
E coincidentemente - ou talvez nessa mesma onda - a Televisa tem disponibilizado em seu site fotogalerias de Telenovelas Inolvidables causando uma nostalgia tremenda e uma vontade de bis.
Lá tem desde a primeira versão de Quinceañera até Carrusel, a novelinha da infância de quem foi peque na década de 90.

Abertura em português de Carrossel

Cirilo, Maria Joaquina e cia. Dá uma saudade!

Primeiro amor a mil por hora

Remake de Quinceañera

Vale a pena dar uma conferida nas galerias disponibilizadas aqui.

Em tempo: Apesar desse alarde todo ter sido fogo de palha, os Jonas Brothers cancelaram o show que fariam no MX e Paulina Rubio quer fazer um show para contribuir com o país nesse momento de crise de saúde pública.

terça-feira, 28 de abril de 2009

(a)versões II

Alguns meses atrás escrevi aqui sobre minha irritação com versões de músicas latinas que se reproduzem no Brasil mais rápido que coelho. E teve algo que surgiu quando eu pesquisava para o post sobre Timbiriche que não poderia passar batido, como se diz.
No referido post, a Tatiana - do A Mesma Chuva - comentou que tem muita "música pop brasileira dos anos 90 traduzida do Timbiriche". Pois bem, antes mesmo disso, nos anos 80, o ctrlC+ctrlV com os sucessos dos timbis já rolava solto. Grupos como Balão Mágico - vide Amigos do peito -, Dominó e Polegar bombaram - nos dois sentidos - versões dos mexicanos.

Dominó - Com todos menos comigo


Tradução quase literal sempre.

O Polegar, então, foi quase uma franquia do Timbiriche em terras canarinhas; pode-se listar oito ou nove temas "inspirados" nas músicas dos timbis. Entre todas, porém, a mais conhecida é Dá pra mim, versão de Amame hasta con los dientes - clássico.

Polegar - Dá pra mim


Não vou nem comentar do infame sentido diverso do refrão; tirem conclusões próprias.

Independentemente dos arranjos estarem melhor em uma ou outra canção, as traduções são sofríveis; Além de Dá pra mim, Fogo de amor - Corro, vuelo, me acelero - tem uma letra dúbia terrível: "vamos fazer um troca-troca de amor, me dá você que pra você eu lhe dou".

Se você quer conhecer as outras versões, uma boa alma postou nos youtube quatro vídeos comparando as músicas do Polegar com as originais: Vídeo 1 - Vídeo 2 - Vídeo 3 - Vídeo 4.
Confere lá!

sábado, 25 de abril de 2009

Generación T

Escrever sobre Timbiriche é algo difícil. Muito difícil. Isto porque quando se trata da banda pop mais badalada da América Latina dos anos 80, tudo é muito. Muitos anos de carreira (12 anos para uma banda comercial é demais), muitos integrantes (20 ao todo), muitos discos lançados (25, contando com os especiais), muitos grandes temas e muitos e apaixonados fãs.
Se tivéssemos nascido em qualquer outro país deste continente, nossa infância teria sido ao som deles. Minto, na verdade, nossa infância foi ao som deles.

Somos amigos

Alguma semelhança?

Timbiriche foi mais que uma banda; foi não uma, mas três gerações. Começou como a alternativa mexicana para fazer frente à espanhola Parchís e aos boricuas Menudos, e tornou-se um estouro de sucesso, um tesouro em vendas.

Alix, Diego, Benny, Sasha, Paulina, Mariana e Erick: Los Timbis

Vamos à história.

Em 1982, a Televisa lançou ao mercado o grupo formado pelas então crianças Alix Bauer, Benny Ibarra, Diego Schoening, Mariana Garza, Sasha Sokol e Paulina Rubio. Nascia assim La Banda Timbiriche e logo estavam no topo das paradas mexicanas temas como Baile Del Sapo e Hoy tengo que decirte Papá.

La Banda Timbiriche

O que são essas roupas de Power Ranger? *risos*

Erick Rubín se une ao grupo em 83 e no ano seguinte os timbis sobem aos palcos para atuar no musical Vaselina – o conhecido Grease, originalmente.
Retumbante êxito, a peça torna-se o CD de mesmo nome.

Noche de verano

Fofo, mas ainda prefiro o original.

Ídolos juvenis e caras novas: Paulina, Thalia, Diego, Alix, Edith, Eduardo e Erick

Entretanto, 85, 86, 87 e 88 são os anos de glória. O grupo amadurece e sua música se volta ao público adolescente. Nessa época, Eduardo Capetillo – o Sérgio de Marimar –, Thalia Sodi – a própria – e Edith Márquez entram na banda nos lugares de Benny, Sasha e Mariana, respectivamente; o que poderia descaracterizar o grupo se converte em uma nova fase de continuado sucesso. Daí a boníssima safra de temazos como Corro vuelo me acelero, Mírame, Tu y yo somos uno mismo, Si no es ahora, Besos de ceniza entre outros. Ídolos juvenis agora, levavam milhares de fãs aonde quer que fossem.

Amame hasta con los dientes

"muerdeme un labio... amame / jalame el pelo... amameee"
Quase o hino do amor selvagem.

No sé si es amor

Thalia e seus 15 anos, tempos que não voltam mais...

Con todos menos conmigo



1989 é o ano do início do fim do grupo; Alix, Thalia e Eduardo decidem seguir carreira solo e em seus lugares entram Bibi Gaytán, Claudio Bermúdez e Patti Tanus – que seria substitída por Silvia Campos meses depois. Timbiriche X, o álbum que abre a década de 90 para a banda é considerado o último que conserva seu estilo original, e ainda emplacou sencillos como Princesa Tibetana.

A perda Paulina Rubio, em abril de 91, foi grande, no entanto nada comparado à saída de quatro outros membros no fim da turnê anual. A maior mudança no elenco; dos primórdios, só Diego permanece. Sobem ao palco Tanya Velasco, Kenya Hijuelos, Alexa Lozano, Lorena Shelley e Daniel Gaytán, além de Silvia.

Depois disso, deu-se o longo desenrolar até o adeus do grupo, em 94. Nesses anos derradeiros, ainda temos um Jean Durverger como integrante substituto de Kenya que saiu por conflitos internos. O novo som da banda – uma mistura de dance, house e ritmos tropicais – não agradou aos antigos fãs e Murriendo Lento - cover de Slowly da ex-ABBA Anni-Frid Lyngstad – termina por ser a última música de sucesso.
Muriendo Lento


Tema relativamente bom, estética totalmente duvidosa

Timbiriche foi sem dúvidas a maior banda pop latina dos anos 80, com suas músicas chiclés cantando as angústias comuns à juventude, além de ter lançado vários cantores e atores mexicanos como Thalia, Eduardo Capetillo, Paulina Rubio e Erick Rubín. Eles não foram uma moda; eles fizeram a moda. Foram fortíssima influência no armário daquela geração, mas também ícones do modo como agir e pensar.

A título de informação – Um ir e vir constante.
E eu escrevi “adeus em 94”? Na verdade, quatro anos depois os seis integrantes iniciais se reencontram para uma apresentação no evento Acapulco 98. Uma onda de nostalgia invade o coração do público e contagia os timbis, que no ano seguinte promoveram uma gira nacional cantando os velhos hits e lançando três inéditos (Está despierto, Suma cósmica, La fuerza del amor), com a participação de Erick desta vez.

Está despierto
Vídeo caliente. E a música então, nem parece Timbiriche!

Em 2007, por conta da comemoração do aniversário de 25 anos da banda, os sete primeiros integrantes se reúnem para nova turnê e lançam três CDs e um DVD, todos frutos do projeto Timbiriche 25. No recheio desses álbuns, versões novas e antigas de seus grandes sucessos e mais três temas inéditos – Vuelvo a Comenzar, Atado a Ti e Domar el Aire.

As comemorações terminam em 2008, quando anuncia sua última apresentação oficial em concierto e a Televisa, embalada pelo afã da volta dos timbis, cria o reality show Buscando a Timbiriche: La Nueva Banda. O programa selecionou seis jovens entre 15 e 22 anos que agora são La Nueva Banda Timbiriche, o LNBT, cujo talento e fama não se assemelham em nada aos originais.
Não disse que quando se tratava de Timbiriche tudo era muito? Esse post foi muito também, não? ;D

E quem é vivo...

Após quatro meses de vacaciones o ¿Que Pasa? está de volta. É, nós relaxamos com o blog, eu sei, mas a de se saber que manter um blog não é nada simples. Enfim, logo mais gran post novinho sobre Timbiriche. A esperar ;D.

domingo, 28 de dezembro de 2008

Adiós viejo año, feliz nuevo año!

Depois de longo inverno... volto a postar! Sei, obviamente, que o dia 25 já passou, mas ainda assim vamos aos meus votos natalinos e também, por supuesto, os desejos de año nuevo! Que a magia dessa época que aquece corações perdure por todo o próximo ano, que todos que passaram por aqui nesses poucos meses de postagem tenham grandes realizações no novo tempo, que a Cris possa voltar a postar e que a cultura pop latina seja cada vez mais valorizada doravante! Amém!
Gracias pelas visitas e comentários, espero que continuem conosco em 2009. =)

E um regalito de Navidad - José Feliciano cantando Feliz Navidad ao vivo

Feliz Navidad, feliz Navidad, feliz Navidad prospero año y felicidad!

Um grande músico e exemplo; pra quem não sabe, o porto-riquenho Feliciano é cego de nascença.

E um brinde ao tempo que se inicia - arriba, abajo, al centro y adentro!

domingo, 14 de dezembro de 2008

Sin Tetas No Hay Paraíso

Se na Colômbia, assim como no Brasil, garotos pobres que querem “vencer na vida” precisam entrar para o no mínimo ingrato mundo do crime, o que acontece com as garotas pobres? Tornam-se amantes dos criminosos! E foi ao escutar as histórias de duas dessas jovens da cidade de Pereira, Colômbia, que o jornalista Gustavo Bolívar escreveu o livro-reportagem Sin tetas no hay paraíso, transformado em minissérie televisiva pelo Canal Caracol em 2006.
Transmitida entre os meses de setembro e outubro, Sin tetas no hay paraíso foi enorme sucesso não só em seu país de origem, mas em outros vários países latinos e também europeus como Espanha e Rússia, além de ganhar diferentes versões em alguns lugares.
O título da minissérie é provocativo, entretanto, explica bem o sentido da trama; as moças envolvidas no submundo do narcotráfico colombiano fazem de tudo pra ficarem com corpos desejáveis pelos traquetos, inclusive se submeterem a procedimentos arriscados como implantes clandestinos de silicone.
O enredo desenvolve-se a partir da história de Catalina (María Adelaida Puerta), uma jovem ambiciosa e bonita que quer se tornar uma das cocotas para subir na vida. O problema é que Cata tem seios pequenos diante do padrão vigente no círculo social dos chefes do tráfico e acaba cedendo sua virgindade a um médico para que ele lhe ponha o silicone. Assim, ela consegue chamar atenção, se casa com um grande narcotraficante e passa a viver dos luxos que o mercado negro das drogas oferece.

Abertura e síntese de Sin tetas no hay paraíso


Atenção para a influência das "amizades", aquela velha história...

Todavia, após conquistar tudo que queria, Cata percebe que de nada lhe vale o que conquistou. Mas aí já é tarde...
Sin tetas no hay paraíso retrata com fidelidade a realidade colombiana, colocando em discussão a prostituição, o narcotráfico, o exagerado culto ao corpo e a problemática social – tudo ao mesmo tempo! Se os mexicanos são bons em dramalhões, os colombianos são incríveis quando se trata de tramas complexas mas bem construídas, e com grande importância social.
É interessante como a temática da minissérie pode ser adaptada à realidade brasileira, tanto é que a Record comprou os direitos em setembro deste ano e promete ambientá-la nas favelas do Rio de Janeiro. Apesar disto, como sempre acontece nessas versões, já estou esperando pelo estrago. Recomendo o youtube!

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Ah, Férias...

Bem, nos últimos dias eu e Cris não temos postado muito. Acontece que além do fim da obrigação - pra quem não sabe este blog foi criado para uma disciplina de jornalismo online da Universidade Federal do Espírito Santo -, estivemos MUITO ocupadas com trabalhos e provas finais e afazeres comuns de fim de ano. Enfim... férias! Elas demoraram um bocado, mas chegaram! Prometo mais posts doravante haha. Deixem idéias, coisas que gostariam de ver no blog e dicas também nos comentários.

Por hoje, pra não perder a viagem e pra rir um pouco nesse início de férias, deixo um clipe do indefinido grupo mexicano Moderatto.

Sentimental - Videoclipe


O que é a coreografia das meninas? E o modelito pseudohardrocker dos caras? Morroderir.